Passeios cada vez mais caros!

Uma das melhores coisas da vida é passear com a família. Reunir os filhos e fazer alguma atividade. O único problema é que, nos últimos tempos, esse prazer pode significar um rombo no orçamento da família.
Programas que outrora eram feitos sem muito esforço financeiro, hoje se transformaram em uma boa despesa financeira. E é preciso que esses passeios estejam previstos no orçamento da família, sob pena de comprometer o equilíbrio financeiro. Como ilustração, vamos examinar dois programas típicos de uma família brasileira em um domingo: ir ao shopping para assistir uma sessão de cinema e ir a um estádio de futebol. E tomemos como base uma família típica: pai, mãe e duas crianças.
No shopping, essa família se dirige até o complexo de cinemas. Com ingressos, irão gastar em média R$ 42 (duas inteiras e duas meia-entradas). No caso de filmes em 3D, o total chegaria R$ 69. Esse valor pode variar conforme a cidade ou mesmo a localização do shopping visitado. Para acompanhar a sessão, resolvem comprar pipoca e refrigerantes. Compram três promoções (pipoca média e refrigerante pequeno) para toda a família.
Cada promoção custa em média R$ 13. O gasto total chega a R$ 39. Depois do filme, a família resolve fazer uma lanche em uma rede de fast food. O pai e a mãe escolhem um sanduíche e um refrigerante cada um. Os filhos optam pela promoção infantil que traz como brinde um bonequinho do personagem do filme que acabaram de assistir. Conta total: R$ 63. Computados os R$ 6 pagos no estacionamento do shopping, a despesa da família foi de R$ 177 (levando em consideração que o filme assistido era em 3D).
Em outro domingo, a família se dirige ao Mineirão para assistir uma partida do Campeonato Brasileiro. Com ingressos, são gastos R$ 210 (duas inteiras e duas meia-entradas no setor mais barato do estádio). Chegando ao estádio, o pai resolve parar no estacionamento do estádio para evitar que seus filhos caminhem muito. É cobrado um valor de R$ 30. Já instalados em suas cadeiras, as crianças pedem ao pai um picolé. São R$ 10 os dois picolés. Logo depois, reclamando de sede pedem um copo de água. São R$ 8 por dois copos.
No intervalo, dizem estar com fome. O pai se dirige até o bar do estádio e compra um lanche para a família. São quatro fatias de pizza e quatro refrigerantes. Valor pago: R$ 52. Ao fim do jogo, e sem contar o gasto com combustível, a despesa total chega a R$ 310. Tendo como base o salário mínimo vigente no país, podemos dizer que a sessão de cinema custou 26% de um salário. Já a partida de futebol, ficou em quase 46% do valor de um salário mínimo. Em qualquer um dos casos, a despesa é significativa para a grande maioria das famílias brasileiras. Diante do alto valor, o caminho é evitar esse tipo de programa?
Não, o que é necessário é planejar esses gastos no orçamento familiar. Ter uma verba destinada para o lazer da família é fundamental. Pode ser que a família não consiga ir todo o final de semana ao cinema ou ao futebol. Mas é importante reunir a família. A alegria de uma criança no cinema ou a vibração com a vitória do seu time de coração não representa somente uma despesa. É algo que se leva pela vida!
Até o próximo!
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