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Mesada deve ser associada a tarefas da casa?

  • Posted by Arethuza Helena Zero
  • Date 01/08/2012

É comum os pais usarem a mesada para incutir nos filhos lições sobre como administrar, gastar e poupar conscientemente. Mas há uma divisão entre os pais e os especialistas em finanças familiares sobre uma questão crucial: a mesada deveria ser ligada à realização de tarefas? O The Wall Street Journal pediu que os especialistas em finanças familiares Neale Godfrey e Jon Gallo discutissem a questão.

 Neale Godfrey, fundadora da Children’s Financial Network, Inc., uma empresa voltada a estimular a educação financeira, é a favor de associar a mesada a tarefas de casa.

 Jon Gallo, diretor da área de administração do patrimônio familiar da firma de advocacia Greenberg Glusker Fields Claman & Machtinger LLP, em Los Angeles, e cofundador da Gallo Consulting, uma firma de assessoria financeira voltada a famílias, defende que as crianças recebam mesada independente de fazerem tarefas de casa.

 Segundo Neale Godfrey a mesada da criança deve se basear em tarefas em casa, pois é importante ensinar à criança as consequências naturais do dinheiro. Para Neale, é preciso que a criança entenda que deve ganhar dinheiro se merecer. Se as crianças tiverem que trabalhar pelo dinheiro delas, também vão começar a entender, e até apreciar, como é difícil trabalhar e ganhar dinheiro. Dessa forma, elas compreenderão que os pais trabalham duro para ganhar dinheiro.

 Jon Gallo concorda que é preciso evitar que os filhos cresçam achando que estão com a vida ganha. Mas também é preciso desenvolver uma ética profissional, que é um senso de responsabilidade e motivação para vencer. Gallo recomenda que os pais dividam as tarefas em duas categorias:

 As tarefas da família são entregues às crianças porque elas são integrantes da família. Elas não recebem por elas. A recompensa é uma sensação de realização que ajuda a desenvolver ética profissional. Além disso, os pais podem criar uma lista de tarefas extras para as crianças ganharem dinheiro, geralmente tarefas que os pais pagam a alguém para fazer, como lavar o carro.

 Segundo Gallo as tarefas extras ajudam a criança a apreciar o valor de se trabalhar com afinco e aprender que ganhar dinheiro envolve trabalho.

 Para Neale Godfrey há dois tipos de tarefas numa família: a de Cidadão da Casa, sem mesada, e a de Trabalho Remunerado.

 As tarefas de Cidadão da Casa são pessoais: escovar os dentes, organizar seu espaço, guardar os brinquedos, etc.

As Tarefas Remuneradas são todas as tarefas de uma casa, como: arrumar a mesa, lavar a roupa, etc. Essas tarefas são pagas de acordo com um cronograma semanal.

 As tarefas de Cidadão da Casa representam o “bom comportamento” e se não forem cumpridas, a punição é comportamental, retirando um privilégio da criança, como assistir à TV. Se as Tarefas Remuneradas não são feitas, não há pagamento.

 Godfrey é contra só pagar às crianças por tarefas que os pais poderiam pagar outra pessoa para fazer. Afirma que “todo mundo na casa deve trabalhar e aprender todas as habilidades fundamentais para manter a casa funcionando”.

 O The Wall Street Journal  questionou Jon Gallo, que se é permitido pagar os filhos para fazer tarefas, por que é uma má ideia basear a mesada em tarefas de casa?

 Para Gallo mesada e tarefas da família têm propósitos distintos. A mesada ajuda as crianças a aprender a administrar dinheiro e controlar a necessidade de gratificação instantânea. As tarefas para a família ajudam as crianças a desenvolver ética profissional.

 Pagar pelas tarefas extras transmite uma mensagem saudável: dinheiro e trabalho duro andam juntos. Confiscar a mesada porque eles não fizeram as tarefas de casa transmite uma mensagem menos saudável: o dinheiro pode ser usado para punir.

 Se as crianças não fizerem as tarefas da família, sofrerão as consequências. Mas as consequências não devem envolver a mesada. No fim das contas, o problema não é que elas estão abusando da mesada; o problema é que não estão fazendo as tarefas delas.

 Usar dinheiro como recompensa e punição aumenta a probabilidade de os filhos se tornarem adultos controlados pelo dinheiro!

 Contrariamente, Godfrey acredita que o dinheiro não pode “controlar” as pessoas. O dinheiro em si não é bom ou mau. A pessoa é que controla o dinheiro. O dinheiro permite à pessoa escolher. “Quero que as crianças ganhem o próprio dinheirinho, façam suas escolhas e aprendam com essas escolhas”, afirma.

 Se a criança compra algo que depois não quer, aprende uma lição valiosa sobre estabelecer metas e orçamentos. Ela também aprende como é difícil trabalhar para poder fazer aquela compra. É crucial entendermos que o dinheiro é resultado só do trabalho.

 Para Gallo a mesada tem um propósito: educar as crianças sobre como administrar o dinheiro responsavelmente e também a resistir à necessidade de gratificação imediata.

O conceito é usar a mesada para transferir à criança a responsabilidade por tarefas que os pais já pagavam, ao mesmo tempo em que é permitida a possibilidade de fazer tarefas extras para ganhar dinheiro e comprar outras coisas.

 Godfrey paga às crianças a idade delas por semana, então uma de dez anos recebe US$ 10 por semana.  Afirma que se você paga muito pouco, eles não conseguem fazer um orçamento e economizar para nada. Se você paga demais, não está ensinando como é difícil trabalhar e ganhar dinheiro.

 Essa discussão ainda não terminou!

Até o próximo!

 

FONTE: The Wall Street Journal

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Tag:Dinheiro, educação financeira infantil, Jon Gallo, mesada, Neale Godfrey, pais e filhos, tarefas domésticas, The Wall Street Journal, trabalho

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Arethuza Helena Zero
Arethuza Helena Zero Cientista Social e Pedagoga, com Doutorado em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da UNICAMP, Mestrado em História Econômica (IE- UNICAMP), é autora de artigos e livros sobre educação financeira. Ministra cursos, workshops e palestras sobre o tema Educação Financeira para crianças, adolescentes, pais e educadores.

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