“Danoninho vale por um bifinho”

“Danoninho vale por um bifinho”, esta aí um um exemplo de como um apelo publicitário pode persistir por gerações.
A publicidade influencia diretamente na formação das crianças, precocemente elas são incitadas a participar da lógica do consumo desenfreado do mercado capitalista.
O arsenal publicitário dirige-se principalmente às crianças, o que parece abusivo, já que até os 12 anos elas não têm capacidade crítica para compreender o nível de persuasão das mensagens publicitárias.
Por isso, é papel dos adultos ensinar valores e comportamentos que impeçam que as crianças se tornem consumidores desenfreados.
Isso é difícil! Os adultos de hoje também estão imersos nessa sociedade de consumo. Pior! Também nasceram na lógica do consumismo. Além disso, diversos fatores contribuem para que as crianças fiquem mais vulneráveis. Atualmente, os pais ficam ausentes a maior parte do tempo, devido ao trabalho e as crianças ficam mais tempo em frente a televisão, pois não podem brincar na rua, a violência urbana não permite. Dessa forma, a comunicação mercadológica dirigida ao público infantil encontra um caminho livre, para persuadir e contribuir para a formação de consumidores compulsivos.
Conforme pesquisa norte-americana, bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança. No Brasil uma criança passa em média cinco horas por dia em frente à TV (Ibope, 2005). Será que precisamos cuidar das crianças?
O consumismo é uma característica da nossa sociedade. Independente de gênero, poder aquisitivo, ou faixa etária, todos sofrem influências. Entretanto, as crianças, são mais vulneráveis que os adultos, elas sofrem consequências preocupantes relacionadas aos excessos do consumo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, banalização da agressividade e violência, entre outras.
A criança é um consumidor em formação, ou seja, exerce uma enorme influência nos processos de escolha de produtos e serviços. Desde a escolha dos alimentos no supermercado, até no momento da compra de um carro. As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003).
A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para persuadir o público infantil, que desde muito jovens, tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista.
Mas não podemos esquecer que ninguém nasce consumista!
O consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
Consumismo Infantil, um problema de todos!
FONTE:
http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/ConsumismoInfantil.aspx