Conta de luz vai pesar no seu bolso

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou na última segunda-feira, 07, um aumento médio de 17,23% na conta dos clientes da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
Para os clientes residenciais da empresa, o reajuste será de 16,46%, a partir do dia 08 de abril. Os grandes clientes industriais da CPFL terão reajuste de 16,10%.
A CPFL atende 569 municípios de quatro Estados, a maioria no interior de São Paulo. A companhia tem mais de 7 milhões de clientes. A distribuidora registrou lucro líquido de R$ 950 milhões em 2013, apresentando uma redução de 21,4% em relação ao ano anterior.
O reajuste praticamente zera o desconto de cerca de 20% dado pelo governo na época do pacote do setor elétrico em 2012. Ainda que o fato de haver altas anuais esteja dentro da normalidade, a disparada porcentual foge do padrão para o setor elétrico. Para se ter uma ideia, no ano passado o reajuste da Cemig foi de 5%, enquanto o da CPFL foi, na verdade, uma redução de 1,5% na conta de luz.
Os reajustes foram anunciados na tarde da última segunda-feira, 07, pela agência reguladora e estavam previstos no calendário anual de revisão do preço da energia. Cabe às distribuidoras fazer o pedido de reajuste e, à Aneel, autorizá-lo.
A Cemig pleiteava alta de 29,7%, mas obteve ‘apenas’ 14,24%. Os reajustes valerão a partir dia 08 de abril.
No caso da empresa mineira, o reajuste foi pleiteado pela empresa como forma de cobrir a queda de receita com o novo modelo de concessão do governo federal. O pacote do setor elétrico lançado em 2012 previa que as empresas do setor antecipassem o fim de seus contratos de concessão e os renovassem mediante um preço menor. A Cemig não aderiu ao pacote e teve de se desfazer de alguns ativos de geração.
Já a CPFL, mesmo tendo aderido ao plano, foi uma das mais penalizadas com o aumento do uso das termelétricas, justamente porque o Estado de São Paulo tem registrado mínimas recordes em seus reservatórios. Devido à escassez de água para a geração, a distribuidora teve de comprar energia no mercado livre, onde os preços chegam a ser oito vezes superiores aos que são praticados no mercado regulado pelo governo.
Até o próximo!
FONTE:http://veja.abril.com.br
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