Como fazer um bom negócio para seu filho no Dia das Crianças
Ainda que os brinquedos sejam o presente mais convencional para o Dia das Crianças, os pais que tiverem condições de comprar uma lembrancinha para não desapontar os filhos e ainda presenteá-los com um investimento podem fazer um ótimo negócio.
Com as consecutivas altas da taxa básica de juros da economia (Selic), os retornos de investimentos de baixo risco do mercado têm se mostrado muito atraentes.
Além de dar um presente que pode ser muito útil para seu filho no futuro, ao introduzir o conceito de investir, é possível aproveitar este Dia das Crianças para fazer um bom trabalho de educação financeira.
Celina Macedo, membro do Instituto de Educação Financeira e autora do livro Filhos: seu melhor investimento (editora Campus Elsivier), afirma que para ensinar às crianças conceitos financeiros que serão essenciais na sua vida adulta é importante mostrar que o dinheiro é apenas um meio para conquistar objetivos, e não um fim.
Assim, ela diz que os pais que quiserem dispensar os brinquedos neste Dia das Crianças, mas sem desapontar os filhos, podem mostrar a eles que o investimento feito hoje pode levá-los a conseguir comprar aquela bicicleta que eles tanto queriam, ou até pagar uma viagem para Disney mais para frente. “A criança precisa de exemplos concretos e que fazem parte da sua realidade para ver que o investimento faz sentido”, diz.
Se o filho já tiver mais de sete anos, ela também recomenda que os pais expliquem que existem pessoas que pegam dinheiro com o banco e precisam pagar por isso e outras que emprestam seu dinheiro para o banco e ganham com isso. “Os pais podem dizer que se aquele dinheiro ficar no cofrinho ele não vai crescer, mas ao emprestar para o banco, esse dinheiro vai aumentar ao longo do tempo”, diz Celina.
Além de planejar a melhor forma de explicar o investimento para a criança, para que o presente seja um sucesso, é importante eliminar a caderneta de poupança das opções.
Com as recentes elevações da taxa Selic, investimentos que pagam exatamente a variação da taxa Selic ou um percentual da taxa DI têm se destacado.
A taxa DI é definida a partir das taxas praticadas entre bancos na negociação de Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI). Como os bancos usam a taxa Selic como parâmetro para definir os juros praticados nos CDIs, as taxas DI e Selic tendem a apresentar um comportamento muito semelhante.
Assim, investimentos atrelados à taxa DI e à Selic tem ampliado seus retornos com as elevações da taxa básica, que desde março de 2013 só tem subido, passando dos 7,25% ao ano para os atuais 14,25% ao ano.
Já a poupança, rende sempre 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (saiba mais sobre a TR) quando a Selic é superior a 8,5% ao ano (a taxa passou dos 8,5% em agosto de 2013). Assim, enquanto os outros investimentos têm surfado na alta da taxa básica, a poupança tem ficado travada na mesma remuneração.
Acesse para saber mais: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro
Até o próximo!