As famílias estão consumindo mais!

As últimas notícias afirmaram que a economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012. Esse crescimento deve-se a agropecuária e ao consumo das famílias. Segundo o IBGE o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, mas o resultado positivo não atingiu todos os setores. A indústria e os investimentos diminuiram ainda mais.
O consumo das famílias teve um peso considerável no crescimento da economia.
Realmente, a população está consumindo mais!
A população está consumindo , assumindo dívidas, acumulando carnês, sem ao menos, pensar que poderia estar formando uma poupança, investindo, para criar maneiras de garantir um futuro tranquilo, melhorando o seu bem-estar.
É preocupante, mas a população está perdendo a oportunidade de melhorar a sua condição de vida, com um futuro mais sustentável. As pessoas estão consumindo sem CONSCIÊNCIA, sem PLANEJAMENTO. E quais serão as consequências?
O grande estímulo ao consumo poderá elevar os índices de inadimplência.
O Governo está adotando inúmeras medidas temporárias de incentivo ao consumo, como por exemplo, subsídios à casa própria, à compra de eletrodomésticos e de automóveis.
Maravilha! Agora podemos comprar! Trocar o carro velho que está na garagem! Comprar a tão sonhada geladeira, de preferência a maior da loja!
O Governo esqueceu de apenas um detalhe, antes de estimular o consumo, o “vamos às compras”, deveria estimular uma EDUCAÇÃO FINANCEIRA que permitisse a nossa população planejar as suas compras.
Estamos incentivando as pessoas a comprarem carros, antes mesmo, delas aprenderem a dirigir! A comprarem a geladeira, sem ter o alimento para preencher os inúmeros compartimentos do modelo mais moderno!
A população que nunca teve acesso a esses bens de consumo não está percebendo as consequências de um consumo desmedido, desenfreado. Por isso, estão comprometendo o seu orçamento.
Não se esqueça, se a queda dos juros e diminuição dos impostos nos estimula a comprar um bem, a falta de organização e planejamento faz com que o uso desse bem, não caiba no orçamento. Dessa forma, o consumidor fica endividado, sendo compelido a recorrer as linhas de crédito, como cheque especial, cartão de crédito e inúmeras formas de empréstimos que encontramos em qualquer calçada das grandes cidades.
Dessa forma, o consumidor que acreditava ter feito uma boa escolha, se deparará com um grande prejuízo! Precisamos reavaliar quais são as nossas prioridades! Quais são as nossas necessidades de consumo, para podermos desfrutar de um estilo de vida confortável e sustentável.
O consumo pode ser estimulado! Afinal, a roda da economia precisa girar. Mas isso, deve acontecer de forma consciente, planejada.
Nunca é tarde para reformularmos nossas escolhas!
Repense!