Volta do IPI provoca corrida às lojas

As alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e artigos da linha branca vão ficar mais altas a partir desta sexta-feira. Embora esses itens tenham sido desonerados no ano passado para estimular o crescimento da economia, o governo definiu um cronograma para que os percentuais voltassem a subir gradativamente até serem totalmente restabelecidos em julho.
A partir de amanhã, os produtos da linha branca não terão mais o IPI reduzido. O imposto não retornará de uma só vez, será de uma forma escalonada, ou seja, de forma gradativa.
Como ficarão os preços desses produtos a partir de agora?
Na hora de fazer uma compra, vale destacar, que o IPI não é o único elemento que deve ser levado em consideração. Por isso, sair correndo até as lojas para aproveitar o último dia do desconto, nem sempre pode representar um bom negócio.
O IPI reduzido, nem sempre pode representar uma boa compra, veja abaixo as simulações realizadas pelo economista Roberto Brito:
Com a volta do IPI, um fogão no valor de R$ 370,00, acrescido de 2% do IPI passará a custar R$ 377,40 (diferença de R$ 7,40). Se o pagamento for parcelado em 12 vezes, com jurso de 4,99% ao mês, a parcela passará de R$ 41,72 para R$ 42,56, no fim das contas, R$ 10,08 de acréscimo.
Uma geladeira de R$ 1190,00 passará a custar R$ 1213, 46 à vista, uma diferença de R$ 23,46. Se o consumidor optar pelo parcelamento em 12 vezes com juros de 4,99 ao mês, as 12 parcelas de R$ 134,19 saltarão para 12 parcelas de R$136,83. Essa diferença no pagamento parcelado será de R$31,68.
Por isso, não fique atento apenas ao IPI, analise os juros do parcelamento.
É preferível esperar um pouco e comprar o produto à vista com o IPI maior, do que optar pelo parcelamento, para aproveitar o desconto.
Não serão apenas os produtos da linha branca que perderão gradativamente o desconto no IPI, outros produtos como móveis, automóveis, também terão o valor do IPI aumentado.
A alta gradual para os eletrodomésticos, no entanto, não deve levar a um aumento imediato dos preços. Segundo Lourival Kiçula, presidente da Eletros, entidade que representa os fabricantes do setor, como o varejo historicamente trabalha com um mês de estoque, os preços devem permanecer inalterados ao menos em fevereiro. Depois, no entanto, vão ser ajustados. Mas segundo Kiçula, essa alta não será “nada terrível”.
A boa notícia é que a máquina de lavar roupa e o papel de parede não terão o IPI alterado, permancendo com o desconto.
Fique atento!
Até o próximo!
FONTE: http://www.globo.com