Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Para manter uma relação equilibrada com os investimentos, é preciso colocá-los no seu devido lugar: eles não são a fórmula mágica do enriquecimento, mas também não são dispensáveis.
Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), acredita que a atual incerteza sobre a economia e a nova realidade de menor estabilidade nos empregos, com carreiras mais curtas dentro das empresas e com ofertas de emprego menos valorosos, tornam mais necessários os investimentos.
Para ele, é preciso pensar no custo de oportunidade. Se antes não valia a pena perder a oportunidade de investir na carreira para destinar os recursos disponíveis aos investimentos, hoje isso já faz mais sentido. “Não dá mais para desprezar que precisamos de ativos financeiros para preservar a moeda para o futuro porque hoje o grau de incerteza sobre o futuro é o maior custo de oportunidade”, afirma Tingas.
Por trás da dicotomia investimento em aplicações financeiras versus investimento na formação profissional, aparece outro antigo ensinamento dos investimentos: a diversificação, que consiste na estratégia de não colocar todos os ovos em uma cesta só.
Ao investir só na carreira ou só em aplicações financeiras, corre-se o risco de apostar todas as fichas apenas na estratégia errada.
Tanto os investimentos podem não trazer um bom retorno diante de uma mudança na conjuntura econômica, quanto o investimento em um intercâmbio pode não trazer avanços na carreira, mas ao fazer as duas coisas, caso uma não dê certo, o prejuízo da outra é diluído.
Até o próximo!
FONTE: http://exame.abril.com.br