Lista de material escolar está mais cara em 2020
O mês de janeiro dá início à corrida dos pais às lojas de materiais escolares. Com a lista de exigências das instituições de ensino em mãos, eles irão se deparar com uma realidade que não está escrita em nenhum livro didático: os impostos inflam, e muito, os preços de itens usados na educação.
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o que mais infla os preços. No geral, esse tributo equivale a 18% do valor final dos produtos normalmente usados na educação.
E em 2020, os pais precisam se preparar, pois a lista de compras da escola de seus filhos está 8% mais cara em relação à lista de 2019.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), a alta acontece por causa da elevação dos custos de matérias-primas, como plástico, tinta e papel. Além disso, a flutuação do dólar ao longo do ano passado encareceu produtos como mochilas, estojos e artigos de escrita, explica a entidade.
Para fugir dos preços altos, o ideal é realizar pesquisas de preços em várias lojas e sites. O Procon de São Paulo alerta que de um estabelecimento para outro, os preços podem variar mais de 300%.
O levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que, além dos preços oscilarem de uma loja para outra, o peso dos tributos embutidos nos valores dos produtos é bastante alto.
Nessa linha, a caneta é a campeã, podendo ter até 49,95% do seu valor comprometido com impostos. Outros produtos também chamam a atenção na pesquisa por suas cargas tributarias elevadas: lápis (34,99%), caderno (34,99%), borracha (39,29%) e mochila (39,62%).
Apesar de serem itens relacionados à educação, que deveria ser área prioritária dos governos, a taxação desses produtos, em especial de ICMS e IPI, é extremamente elevada.
Bom retorno às aulas!
Até o próximo!
FONTE: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)