Falando de inflação
Nos últimos dias algumas notícias destacaram a possível volta da inflação. O Governo rapidamente salientou que não devemos nos preocupar, pois o cenário é favorável, motivo de otimismo! Por outro lado, alguns analistas de mercado, pediram atenção, afirmando que o momento é de cautela. Mas afinal, o que é inflação?
Há mais de uma década ela saiu de cena. Não ouvíamos falar dela, pois, os palcos da economia tinham se fechado para a sua encenação.
E agora, estão falando que ela voltou! Será que há um papel para ela representar? Vamos torcer que não!
Você se lembra da máquina de remarcação de preços ? Não é de sua época?
Pois bem, um dos símbolos do período de hiperinflação no país. Tanto que a profissão de remarcador não consta mais da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho.
O que é inflação?
A inflação é definida como uma situação em que há um aumento contínuo e generalizado de preços.
Outra característica da inflação é do aumento de preços se estender a todos os bens e serviços produzidos pela economia. Dessa forma, se apenas os bens produzidos por um determinado setor tiverem seus preços elevados, não estamos falando de inflação.
Por exemplo, as condições climáticas não muito favoráveis prejudicaram as safras agrícolas, causando uma elevação nos preços dos alimentos. Se ainda em um curto período de tempo, as safras se normalizarem, não podemos considerar que estamos vivendo um período de inflação.
Mas como a inflação é medida?
A inflação é medida pelos números-índices, ou seja, fórmulas matemáticas que informam a porcentagem de aumento dos preços dos bens e serviços num determinado período.
No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços ao Consumidor (medido pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE).
Qual é a diferença entre IGPs e IPCs?
Enquanto os IGPS procuram transmitir uma ideia da inflação, pesquisando todos os bens produzidos e consumidos numa economia, os IPCs enfatizam os gastos comuns de uma família.
Quais são as causas da inflação?
Podemos citar as seguintes causas da inflação:
– Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo;
– Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país;
– Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.
Não deixe de ler o próximo post para saber mais sobre o assunto!
FONTE:
Silva, César Roberto Leite da. Economia e mercados: Introdução à economia. São Paulo: Saraiva, 18.ed. 2001.