A inflação e suas consequências

A inflação é muito ruim para a economia de um país. Os últimos relatos do Governo apresentaram uma visão otimista sobre a recuperação da atividade econômica. Por outro lado, alguns analistas de mercado pedem cautela, ou seja, não podemos comemorar. O cenário atual exige atenção!
Para Guido Mantega, Ministro da Fazenda, a recuperação está cada vez mais nítida, mas o governo continuará fazendo desonerações e adotando medidas de estímulo.
O governo tem tentado aquecer a economia por meio de incentivos ao consumo, com reduções tributárias para a linha branca e para automóveis, e ao investimento. Lançou um programa de 133 bilhões de reais de concessões de rodovias e ferrovias. Serão anunciados ainda programas para os aeroportos e portos.
Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,43 por cento devido a problemas climáticos que pressionaram os preços dos alimentos “in natura”.
O mercado acredita que a inflação medida pelo IPCA vai terminar o ano em 5,11 por cento. O governo tem como centro da meta 4,5 por cento, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Já falamos que a inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de controle, pode gerar diversos problemas e distorções econômicas.
Quais são as principais consequências da inflação?
- Uma das consequencias é a desvalorização da moeda do país.
Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. O preço dos produtos sofrem reajustes constantes.
- Alta do dólar e aumento dos preços dos importados.
Outro problema é que enquanto a moeda do país se desvaloriza, as outras (principalmente o dólar) faz o movimento inverso. Se este país com inflação elevada é muito dependente de importações, os produtos importados aumentam de preço, fato que alimenta ainda mais a alta da inflação.
- Diminuição dos investimentos no setor produtivo
Num ambiente de inflação elevada, muitos investidores preferem deixar o dinheiro aplicado em bancos (para que ocorra a correção monetária) do que investir no setor produtivo. Embora dê uma falsa ideia de que o dinheiro está “rendendo” muito, muitas pessoas preferem as aplicações financeiras.
- Clima econômico desfavorável
Um país que sofre de inflação alta é visto no mercado internacional de forma negativa. Os grandes investidores e empresas evitam fazer investimentos produtivos de médios e longos prazos nestes países, pois sabem que a inflação alta é um indicativo de economia com problemas.
- Aumento da especulação financeira
Muitos investidores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, costumam fazer investimentos em países de inflação alta com o objetivo de tirar vantagens das altas taxas de juros. Este capital especulativo é prejudicial para a economia de um país, pois grandes somas de capital podem entrar e sair rapidamente, causando instabilidade no mercado de câmbio.
- Elevação da taxa de juros
Muitos países usam o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de controlar a inflação. A lógica é simples: com juros elevados o consumo diminui, forçando os preços a caírem. Porém, a alta dos juros desestimula a tomada de financiamentos, prejudicando assim os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos, etc.).
- Aumento do desemprego
Países que não conseguem baixar e controlar a inflação sofrem, no longo prazo, com o aumento das taxas de desemprego. Isso acontece, pois ocorre diminuição significativa nos investimentos no setor produtivo.
O tema inflação não se esgotou!
Fique atento!
FONTE:
Silva, César Roberto Leite da. Economia e mercados: Introdução à economia. São Paulo: Saraiva, 18.ed. 2001.
http://www.brasilescola.com/economia/inflacao.htm
http://www.suapesquisa.com/economia/consequencias_inflacao.htm