Educação Financeira não é “um jogo de recompensas”

Basta uma passada rápida por uma livraria e lá encontraremos inúmeros livros e manuais dizendo: “como tornar o seu filho um vencedor”, “como tornar o seu filho um homem de sucesso.” E quando o assunto é dinheiro, não faltam dicas para os nossos filhos construírem fortunas. Afinal, o que ensinar aos jovens sobre o dinheiro?
Quando o assunto é a Educação Financeira dos nossos filhos, não há uma fórmula ideal de como devemos agir. Porém, existem boas dicas para nos ajudar nessa tarefa difícil, já que vivemos numa sociedade dominada pelo consumo massivo de bens e serviços.
Uma dica valiosa é “ser o exemplo”. Que tal, você ser o exemplo para o seu filho! Se você é um comprador compulsivo, como poderá exigir que seu filho seja diferente? Se a palavra “poupar” não faz parte do seu vocabulário, como exigirá que seu filho não gaste toda a mesada?
Inúmeras perguntas permeiam a nossa mente quando o assunto é dinheiro. Qual é o momento ideal para falar do assunto? Quando ele precisa aprender a lidar com o dinheiro? Qual é o momento do meu filho efetuar um pagamento? Eu devo dar mesada ou semanada? Quando ele poderá utilizar um cartão de crédito?
Saiba que para construirmos uma relação saudável com os nossos filhos, é importante estipular regras que não devem ser quebradas. Educação Financeira exige dedicação e disciplina.
Se após muitas conversas com o seu filho e a análise de suas reais necessidades, você decidir pagar uma mesada, por exemplo, lembre-se que ela é um instrumento, uma forma de você contribuir para a Educação Financeira dele. Não vincule o ato de pagar a mesada com uma contrapartida do seu filho.
Por isso, se o boletim escolar não estiver como você sempre sonhou, não é a hora de cortar a mesada. Não devemos vincular a mesada com um bom rendimento escolar. Alguns psicólogos afirmam que ao fazer isso, podemos estimular uma personalidade mercenária em nossos filhos.
Se você estiver descontente com o comportamento de seu filho, pense em outras formas de mostrar a sua insatisfação e dele rever o comportamento. Que tal diminuir o tempo destinado para ficar no computador? Ou quem sabe diminuir o valor do crédito do celular? Cortar o vídeo game? Você não deve vincular o recebimento da mesada ao bom comportamento.
A mesada também não pode representar a compensação da realização de alguma tarefa dentro de casa, pois corremos o risco de nosso filho cobrar por todas as atividades realizadas.
Educação Financeira não é “um jogo de recompensas”
Pense nisso!
Até o próximo!