Viver melhor com menos: entenda a tendência de consumo minimalista

Alinhada com os pilares da sustentabilidade, minimalismo mostra que é possível ser feliz comprando e acumulando menos bens.
Há praticamente um século o mundo ocidental vive um boom do consumo desenfreado. Todos os dias somos bombardeados com ofertas de centenas de produtos e convencidos de que precisamos de todos esses itens para sermos felizes.
Criamos uma sociedade de consumo em que ter bens é uma maneira de criar vínculos, de se relacionar com outras pessoas e de estabelecer distinções de classe. Por isso, muitas vezes, compramos objetos não pela funcionalidade nem pela necessidade, mas por status, para nos sentirmos incluídos em algum grupo.
Esse excesso de oferta e de consumo nos levou ao que muitos especialistas chamam de sociedade do hiperconsumo, que se caracteriza pela dependência emocional e psíquica de ter.
Nesse sentido, muitas pessoas condicionam a própria felicidade a comprar e acumular bens materiais.
Com isso, passamos a viver para consumir: trabalhamos mais para ter mais dinheiro para consumir mais, e, assim, perdemos valores e experiências importantes, como passar mais tempo com familiares e amigos, ler um livro ou ouvir uma música por puro prazer, conhecer lugares e pessoas simples e ouvir suas histórias.
Na contramão do hiperconsumismo surgiu a tendência do consumo minimalista, que prega que é possível, sim, viver com menos bens materiais, acumulando mais experiências que coisas.
O minimalismo é uma vertente de consumo sustentável, impulsionada pela preocupação com o meio ambiente, no que diz respeito a reduzir o uso irracional de recursos naturais e a diminuir a produção de resíduos e a emissão de gases poluentes na atmosfera, com a sociedade, pois desestimula a compra de produtos fabricados em países onde as condições de trabalho são precárias e degradantes, e estimula a produção em pequena escala, feita por famílias ou comunidades com cuidado desde a escolha da matéria-prima até o meio de distribuição da mercadoria; e com a economia, já que a opção pelo consumo de produtos pequenos produtores movimenta a economia regional, permitindo maior mobilidade social.
FONTE: g1.globo.com