Viva sem dívidas!
Toda entrada extra de dinheiro pode dar o empurrão que você precisa para começar a colocar a vida financeira em ordem. Para tanto, é preciso se planejar.
1. Coloque tudo no papel
Faça uma lista das contas que você tem em atraso, incluindo o cheque especial, prestações, cartão de crédito e empréstimos. Insira nessa lista o nome do credor, o valor da parcela e o total devido. Assim, você passa a enxergar as dívidas com maior clareza e pode pensar melhor em como liquidá-las.
2. Organize seu orçamento mensal
Liste suas receitas: salário, comissões, enfim, todas as entradas de dinheiro e suas despesas mensais. Faça o lançamento de sua renda e seus gastos em cada categoria (alimentação, estudos, moradia, transporte, saúde e outras), sem esquecer as pequenas despesas do dia a dia, como a padaria e o cafezinho. Ao final, você terá os valores totais das entradas e saídas de dinheiro, acompanhando sua saúde financeira diariamente.
3. Converse com a família
Se a renda não está dando conta de cobrir os gastos, levando você a acumular dívidas, é essencial compartilhar isso com a família. Exponha a situação e peça que todos contribuam com a busca de soluções. Elas podem envolver o corte ou redução de gastos e a venda de algum bem (automóvel, por exemplo) para ter dinheiro para pagar as dívidas que não forem cobertas com as entradas de dinheiro de final de ano com o 13º salário, as comissões de vendas, os bônus e a PPR (participação nos lucros e resultados).
4. Defina uma estratégia para pagar
Com a lista das dívidas em mãos, organize a ordem em que devem ser feitos os pagamentos. Primeiro, devem ser quitados os serviços essenciais, como água, telefone, gás e luz. Em seguida, os empréstimos em que você ofereceu algum bem como garantia, carro ou imóvel, por exemplo e que podem ser penhorados após um período de atraso. Em terceiro lugar, as dívidas que têm juros mais altos, como o cheque especial e o cartão de crédito.
5. Saiba o valor com o qual pode contar
Feito o orçamento e definido o corte de gastos junto com a família, estipule o valor com o qual poderá contar, mensalmente, para pagar as contas atrasadas. Considere que você terá as contas normais da casa para pagar, faça alguma previsão de gasto extra e reserve o dinheiro que será usado exclusivamente para quitar dívidas.
6. Negocie com os credores
Quando souber exatamente o quanto poderá pagar, procure seus credores para negociar. Muitas empresas oferecem descontos e condições especiais de pagamento. Outra opção é usar o serviço Limpa Nome Online da Serasa Consumidor, criado para facilitar o contato direto entre devedores e credores. É preciso, contudo, que a empresa seja cadastrada no serviço. Antes de partir para a negociação, confira as dicas de como negociar.
7. Tirando o nome da lista de inadimplentes
Você não precisa aceitar a primeira proposta de acordo feita pelo credor. Faça contrapropostas, tendo claro o valor que poderá pagar. A partir do momento em que fechar um acordo de renegociação e quitar a primeira parcela da dívida, em até cinco dias a empresa deverá retirar seu nome das listas de inadimplentes. Caso isso não aconteça, procure a defensoria pública ou um órgão de defesa do consumidor. Mantenha os pagamentos em dia, para evitar dores de cabeça ainda maiores no futuro.
8. Troque as dívidas mais caras por outras mais em conta
Caso preciso escalonar os pagamentos, você pode reduzir o ritmo de crescimento das dívidas com o cartão de crédito e o cheque especial, que têm os juros mais elevados do mercado. A dica é contratar um empréstimo consignado ou um crédito pessoal, que custam menos, para cobrir o cheque especial e quitar a fatura do cartão.
9. Descubra as causas do endividamento
Fazendo seu orçamento mensal, tente identificar onde está o descompasso entre a renda e as despesas da família. Se você gasta mais do que ganha e precisa recorrer com frequência ao limite do cheque especial ou outras linhas de crédito, pode estar construindo uma vida financeira insustentável. Nesses casos, é preciso encontrar um equilíbrio, aumentando a renda ou reduzindo as despesas. Quanto mais cedo você fizer isso, melhor para o seu bolso. Se o desequilíbrio acontece porque você gasta desenfreadamente, pode ser que você seja um comprador compulsivo.
10. Construa hábitos financeiros saudáveis
Aproveite este momento para rever a necessidade de ter um limite tão elevado de cartão de crédito ou limite de cheque especial. A soma desses limites não deve ultrapassar a metade do valor líquido que você recebe. Aproveite, também, para reavaliar outros itens que acabam gerando gastos importantes, como um automóvel.
Até o próximo!