Produção industrial brasileira estagnada

Em comparação com o mesmo mês de 2012, a produção das fábricas brasileiras reduziu 1,2%, resultado que pôs fim a quatro meses consecutivos de crescimento nesta comparação.
O resultado negativo dos dois últimos meses limitou a 1,6% o crescimento da produção industrial brasileira acumulada nos oito primeiros meses do ano, se comparada com o mesmo período de 2012, e a 0,7% a expansão acumulada nos últimos 12 meses até agosto.
Segundo analistas, o baixo crescimento da indústria brasileira neste ano é resultado da queda da confiança dos empresários na economia do país, da decisão do Governo de elevar as taxas de juros para frear a inflação e da redução do consumo e do crédito interno.
As fábricas, que acumularam no primeiro semestre elevados estoques segundo admitem os empresários, também paralisaram a produção pela decisão do Governo de suspender alguns incentivos que tinha anunciado no ano passado para impulsionar o setor perante a crise internacional, como as reduções de impostos que tinha outorgado para produtos como eletrodomésticos.
Segundo relatório divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, a economia brasileira crescerá neste ano 2,5% e não 2,7% esperado há três meses em parte pela indústria.
De acordo com o organismo emissor, enquanto a produção do setor agropecuário expandirá 10,5% em 2013, contra 8,4% calculado em junho, a indústria apenas crescerá 1,1%, abaixo do 1,2% previsto há três meses.
O resultado, no entanto, representa uma recuperação já que a produção das fábricas sofreu uma queda de 2,6% em 2012 em comparação com o ano imediatamente anterior.
Apesar da produção industrial não crescer entre julho e agosto, 15 dos 27 setores analisados registraram um melhor desempenho.
A produção de alimentos industrializados cresceu 2,5% e foi a de melhor resultado junto com a de veículos automotores (+1,7%), máquinas e equipamentos (+1,2%), vestuário e acessórios (+7,2%), edição e impressão (+2,1%) e metalurgias básica (+1%).
Em contrapartida, a produção da indústria farmacêutica reduziu 5,6%, assim como a de bebidas (-3,1%), outras equipes de transporte (-3,7%), perfumaria e produtos de limpeza (-5,1%) e tabaco (-7,7%).
Até o próximo!
FONTE: Agência EFE